Stephen Jones conseguiu a proeza de ganhar a vida fazendo chapéus luxuosos, nada básicos e tampouco funcionais. Até o dia 13 de fevereiro o Momu, na Antuérpia, apresenta "Stephen Jones & The Accent of Fashion", comemorando os 30 anos de sua grife, a Stephen Jones Millinery. Durante minha estada na cidade fui visitar a exposição.
Primeira impressão: é incrível sua versatilidade no uso de técnicas, materiais e ornamentos. No final, ele é, sobretudo, um escultor talentoso, que usa a cabeça alheia como suporte para sua arte.
Jones já trabalhou em parceria inúmeros estilistas. John Galliano, Jean Paul Gaultier, Vivienne Westwood. Rei Kawakubo, Giles Deacon, Hussein Chalayan... entre outros, todos marcados pela ousadia e inconformismo na criação. Quando o estilista quer uma cereja para o bolo corre para Jones.
A história do chapeleiro maluco começa na era Margareth Thatcher. Ele se formou em 1979, na St. Martins no mesmo ano que a “dama de ferro” da Inglaterra foi eleita primeira ministra. Era uma época bem turbulenta da economia inglesa, havia muito desemprego. E por isso, foi também quando o estilo punk ganhou o mundo,e terra da Rainha reafirmou seu posto de produtora de vanguardas urbanas. Jones soube se relacionar muito bem com quem despontaria no futuro (Em 1983 participou do clipe “Do you really want to hurt me?” do Boy George, que está na exposição), sendo ele mesmo um protagonista de sua geração. Apostou seu talento num acessório aparentemente supérfluo, e do qual hoje é sinônimo.
Os primeiros trabalhos de Jones caíram nas graças das revistas The Face e I-D, que sempre gostaram mais de olhar para as ruas do que para as passarelas. Seu primeiro cliente pagante foi Steve Strange, da banda Visage.
E do Underground para o mainstream, o caminho foi natural. Hoje ele está na alta-costura da Dior, faz chapéus para Madonna, Dita Von Teese, Kylie Minogue e para Carla Bruni. Sem esquecer da editora de moda inglesa Isabela Blow, e da vovó muito louca da moda Anna Piaggi, da Vogue Itália.
A exposição está dividida em quatro grandes temas “Adveture”, “Rococo”, “Science” e “Glamour”. (fotos: Frederik Vercruysse / MoMu, Antwerpen e @modapraler -as amareladas)
ADVENTURE
São os chapéus que tem referência várias partes do mundo por onde Jones carimbou seu passaporte.
SCIENCE
Jones sempre foi encantado pela tecnologia e pela ciência. Nessa parte ele explora formas, volumes, estampas gráficas, sempre tomando como ponto de partida a linha, que é base da geometria.
ROCOCO
Ao contrário do tema anterior, nessa seleção de chapéus, Jones aposta no assimétrico, nas formas da natureza.
GLAMOUR
Coleção inspirada no filme “Sapatinhos Vermelhos” de 1948. Chapéus perfeitos para as divas.
Aqui minha filmagem na exposição:
Vídeo da abertura da exposição*: aqui
(não se assustem com língua falada pela apresentadora, o entrevistado fala em inglês).
*É a blogueira precoce Tavi G na abertura. Reparem: Ele fala que além fazer os chapéus, atuou no filme “W.E.” , dirigido por Madonna.
Neste outro vídeo, além da visita ao ateliê de Stephen Jones em Londres, tem uma entrevista com Steve Strange, da banda Visage. O músico contextualiza a cena londrina de onde emergiu o designer. (de novo, a apresentadora fala em flamengo, não se assustem)
E olha que charme os marzipãs em forma de chapéus vendidos na lojinha da Museu:
Primeira impressão: é incrível sua versatilidade no uso de técnicas, materiais e ornamentos. No final, ele é, sobretudo, um escultor talentoso, que usa a cabeça alheia como suporte para sua arte.
Jones já trabalhou em parceria inúmeros estilistas. John Galliano, Jean Paul Gaultier, Vivienne Westwood. Rei Kawakubo, Giles Deacon, Hussein Chalayan... entre outros, todos marcados pela ousadia e inconformismo na criação. Quando o estilista quer uma cereja para o bolo corre para Jones.
Christian Dior Couture - Autumn/Winter 2003-2004
(c) Photography: Etienne Tordoir/ Catwalkpictures.com
(c) Photography: Etienne Tordoir/ Catwalkpictures.com
A história do chapeleiro maluco começa na era Margareth Thatcher. Ele se formou em 1979, na St. Martins no mesmo ano que a “dama de ferro” da Inglaterra foi eleita primeira ministra. Era uma época bem turbulenta da economia inglesa, havia muito desemprego. E por isso, foi também quando o estilo punk ganhou o mundo,e terra da Rainha reafirmou seu posto de produtora de vanguardas urbanas. Jones soube se relacionar muito bem com quem despontaria no futuro (Em 1983 participou do clipe “Do you really want to hurt me?” do Boy George, que está na exposição), sendo ele mesmo um protagonista de sua geração. Apostou seu talento num acessório aparentemente supérfluo, e do qual hoje é sinônimo.
Os primeiros trabalhos de Jones caíram nas graças das revistas The Face e I-D, que sempre gostaram mais de olhar para as ruas do que para as passarelas. Seu primeiro cliente pagante foi Steve Strange, da banda Visage.
E do Underground para o mainstream, o caminho foi natural. Hoje ele está na alta-costura da Dior, faz chapéus para Madonna, Dita Von Teese, Kylie Minogue e para Carla Bruni. Sem esquecer da editora de moda inglesa Isabela Blow, e da vovó muito louca da moda Anna Piaggi, da Vogue Itália.
A exposição está dividida em quatro grandes temas “Adveture”, “Rococo”, “Science” e “Glamour”. (fotos: Frederik Vercruysse / MoMu, Antwerpen e @modapraler -as amareladas)
ADVENTURE
São os chapéus que tem referência várias partes do mundo por onde Jones carimbou seu passaporte.
SCIENCE
Jones sempre foi encantado pela tecnologia e pela ciência. Nessa parte ele explora formas, volumes, estampas gráficas, sempre tomando como ponto de partida a linha, que é base da geometria.
ROCOCO
Ao contrário do tema anterior, nessa seleção de chapéus, Jones aposta no assimétrico, nas formas da natureza.
GLAMOUR
Coleção inspirada no filme “Sapatinhos Vermelhos” de 1948. Chapéus perfeitos para as divas.
Aqui minha filmagem na exposição:
Vídeo da abertura da exposição*: aqui
(não se assustem com língua falada pela apresentadora, o entrevistado fala em inglês).
*É a blogueira precoce Tavi G na abertura. Reparem: Ele fala que além fazer os chapéus, atuou no filme “W.E.” , dirigido por Madonna.
Neste outro vídeo, além da visita ao ateliê de Stephen Jones em Londres, tem uma entrevista com Steve Strange, da banda Visage. O músico contextualiza a cena londrina de onde emergiu o designer. (de novo, a apresentadora fala em flamengo, não se assustem)
E olha que charme os marzipãs em forma de chapéus vendidos na lojinha da Museu:
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