Durante a visita a Buenos Aires, entre as várias publicações de moda e comportamento oferecidas nas bancas portenhas, comprei a Vogue Latinoamerica. Optei por ela achando que teria um panorama abrangente da moda da América Latina, assunto que me interessa muito.
A revista
A redação fica em Miami e a circulação atende Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, Venezuela e Estados Unidos. Não tem site e quase nada no Google.
A capa de outubro anunciava: "196 páginas de compras fáceis do México a Argentina". A revista toda incluindo capa e contra capa somam 196 páginas.
Os editoriais de moda, bem como algumas matérias, são traduzidas da Vogue América. A capa da edição de outubro trouxe a modelo russa Natalia Vodianova e uma das reportagens era sobre as herdeiras da moda (As Herreras, Margherita Missoni), que a Vogue Brasil já tinha reproduzido. Li a mesma matéria em três línguas! Na seção de compras só tem marcas de luxo internacionais: Fendi, Cavalli, D&G.
A única matéria que realmente fala de moda latino americana traz o perfil de 5 estilistas, de quatro dos 11 países em que a revista circula.
O México e Argentina são os países citados, e que possuem os melhores mercado de moda. Prova disso são os anunciantes, que quando não são grifes de luxo, são marcas desses países.
É bem complicado fazer uma publicação que contemple o público de tantos países. A distância entre os lugares inviabiliza uma produção de moda única. Além disso, enquanto no México é inverno na Colômbia é verão. Qual estação priorizar?
Em outras palavras, achei que a revista trata a moda da América Latina como um subproduto da moda norte-americana. Contudo, deve atender aos anseios do seu público alvo.
Gente, que absurdo essa revista!! Começa pela redação em Miami, como é que vc faz algo realmente bom e de acordo com as caracteristicas e necessidades de um país sem estar in loco??
ResponderExcluirTorna-se complicado trabalhar assim...;-)
ResponderExcluirBeijinhos para você!
Embora a Vogue España seja bem mais robusta, às vezes chega a quase 300 página ou passa, a ideologia é a mesma, um pouco voltada para a mãe norte-americana e com o destaque para o brandy internacional, e dou graças a deus por isso, pq embora os estilistas daqui tenham super potencial, não fazem muito a minha cabeça.
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