Esmalte também é cultura

Esmalte colorido virou uma tal febre. Hoje rebelde é quem passa o bom e velho branquinho. E mesmo o clássico tem variações, com direto a nomes curiosos, tipo: "tule", "lolita" e "samba juliana".

Uma empresa dos Estados Unidos chamada Strange Beaultiful, viu potencial comercial e imagético no mundo dos vidrinhos coloridos, e resolveu usar os esmaltes como plataforma para o desenvolvimento de paletas de cores.


O ponto de partida da ex-ilustradora Jane Schub, fundadora da marca, foi a charmosa máquina de escrever "Valentine", na cor vermelha especificamente. A peça tem a assinatura do designer austríaco (formado na Itália) Ettore Sottsass, lançada pela Olivetti em 1969. Do vermelho surgiu a vontade de desenvolver coleções de cores, e os esmaltes se mostraram perfeitos para desempenhar a função.

Sottsass é fundador do grupo de design Memphis, criado em 1980. O coletivo não durou dez anos (acabou em 1988), mas deixou um legado pela irreverência com que criava, ousando na mistura de cores e na geometria das peças.



grupo Memphis



Outra referência da empresária é o artista alemão Josef Albers. Ele estudou na Bauhaus, e se dedicou a desvendar o impacto das cores. Escreveu o livro "A Interação da Cor", uma referência para quem se interessa pelo assunto.


© The Josef and Anni Albers Foundation

Comentários

  1. Apesar d ser dificil eu abandonar as minhas cores básicas hehe... adorei msm todos... esse blog eh mto bom! ;)

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