Diário de Bordo: Paris parte 1, a cidade e suas jóias

Paris é linda. É clichê. É o berço dos clichês. E por isso é ao mesmo tempo tão genuína. Tem uma petulância, uma efervescência e um charme que são só dela. Nevou muito. Ficou branca. Continuou fotogênica. Nenhuma outra cidade sai tão bem nas fotos quanto Paris. O sol é generoso com a Cidade Luz. Talvez até ele se encante por ela.


Paris

Paris

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Como disse no outro post foi preciso encontrar poesia para encarar o frio bravo que marcou minha visita a Paris. Um Jardin des Tuileries todo branquinho recompensou.

Paris

Começo a série de posts sobre Paris com a exposição:
“Bvlgari: 125 ans de magnificence italienne”


Colar de esmeraldas e diamantes, coleção de Elizabeth Taylor, tá?

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Luxo! Poder! Riqueza! A joalheria italiana Bvlgari comemorou 125 anos e promoveu uma grande retrospectiva no Grand Palais (mesmo lugar onde os desfiles da Chanel acontecem). As jóias são de tirar o fôlego. É uma orgia de ouro esmeraldas, diamantes, safiras, rubis... Sem esquecer dos relógios, outra assinatura forte da grife.
Importante: a exposição terminou no dia 12 de janeiro, mas o conteúdo ainda está no site oficial da Bvlgari


É difícil encontrar adjetivos nesse humilde texto para definir o que vi. As pedras preciosas chegam a ser agressivas de tão belas e brilhantes. O sujeito que compra uma daquelas peças certamente faz a diferença no PIB do seu país. A atriz inglesa Elizabeth Taylor é uma dessas pessoas. Ela tem uma vasta coleção de jóias da grife que estava a disposição dos olhos do público. A fila para entrar no Grand Palais era proporcional ao valor das jóias.


Resumo

A exposição remonta a história da joalheria fundada em 1884 em Roma por Sotirio Bvlgari, que era grego. A mostra está dividida em oito seções organizadas em ordem cronológica. Cerca de 600 peças contam a trajetória da marca. Algumas delas foram mostradas ao público pela primeira vez. As peças são do Museu Bvlgari e de coleções particulares.

O design da grife no final do século XIX retoma a arte da ourivesaria antiga, “neo-helênica” (lembram das aulas de Grécia e Roma Antiga na escola). As peças eram feitas basicamente em ouro e prata. Nas décadas de 1920 e 1930 do século XX o design da casa tem a influência do Art Nouveau e do Art Decó. A joalheria passa a usar platina e as pedras preciosas ganham espaço. Nos anos 40, a guerra gera a escassez das gemas e faz a joalheria apostar no ouro com poucos detalhes em diamantes, safiras, etc.



Anos 50 e 60: a volta da volúpia da Bvlgari. Muito influenciada pelas jóias francesas, a Maison contava, então, com porta-vozes estreladas como Sophia Loren, Ingrid Bergman e Gina Lollobrigida. As peças marcavam presença nos figurinos dos filmes rodados nos estúdios da Cinecittá em Roma: “Dolce Vitta“, clássico de Federico Fellini, além de produções internacionais como “A Princesa e o Plebeu”, com Audrey Hepburn e “Cleóprata”, com a cliente premium Liz Taylor.


Ainda nos anos 60, a grife pega carona nas turbulências históricas e faz sua própria revolução. Define de uma vez por todas e “o estilo Bvlgari“, apostando em formas estilizadas, no volume mais discreto e em combinações de cores surpreendentementes.

o relógio-cobra foi a peça que mais gostei!

Nos 70´s a Pop art é a influência mais importante. A década de 1980 foi um tempo de design e ousadia criativa inspirada na Renascença Italiana, e os 90´s tiveram como características as combinações inesperadas de materiais, bem como a introdução de um "prêt-à-porter" da jóia.


Sobre o século XXI só consigo citar um colar com safiras birmanesas de mais de 321 quilates.


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e aguardem os próximos capítulos...

ah! lembrando que está rolando a pequisa de 5 anos de moda pra ler. A sua opinião é muito importante =)

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