Semana passada dois ídolos deste blog estiveram em São Paulo para palestras. Na segunda-feira (20) Patrícia Field, a aclamada figurinista de Sex and The City participou da segunda edição do Marie Claire Inspiração, que aconteceu na Daslu. Na quarta-feira (22) o francês Gilles Lipovetsky participou de um evento da Revista Trip no Espaço Manioca. Aqui minhas impressões sobre Patricia Field.
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Patricia Field, a criadora de desejos
Fui completamente tiéte com a Patricia Field e até pedi para tirar uma foto depois da palestra! Fiquei com vontade dizer para ela eque pelo menos cinco dos alguns pares de sapatos que tenho comprei por causa do Sex and The City. Todos eles de saltos altíssimos, claro. Mas com ela disponível ali na minha frente preferi perguntar se ela era uma nova-iorquina autentica. Ela disse que sim. Contou que apesar da mítica cosmopolita que há sobre a cidade, para ela aquelas são as ruas que ela percorre desde criança. E considera que o fato de Nova York correr nas suas veias deve influenciar sim no modo de cria. Bingo! Sempre fui intrigada por nascidos em NYC... Marc Jacobs, Martin Scorsese, Scarlet Johansson, Sofia Coppola e Woody Allen para citar alguns.
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Tenho três livros sobre o Sex and The City.
“Sex and The City: Kiss and Tell” - sobre as seis temporadas da série
“Sex and The City: The Movie” - sobre o primeio longa-metragem
“Sex and The City 2: The Stories. The Fashion. The Adventure” - sobre o segundo longa.
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Para quem quiser saber mais sobre a palestra tem textos no site da Marie Claire, e o texto da Aurea Calcavecchia no blog da Lilian Pacce. A Aurea patrocinou meu momento tiete com a figurinista na foto acima.
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Essa semana coloco a textinho sobre o Lipovetsky. Aguardem.
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Patricia Field, a criadora de desejos
Fui completamente tiéte com a Patricia Field e até pedi para tirar uma foto depois da palestra! Fiquei com vontade dizer para ela eque pelo menos cinco dos alguns pares de sapatos que tenho comprei por causa do Sex and The City. Todos eles de saltos altíssimos, claro. Mas com ela disponível ali na minha frente preferi perguntar se ela era uma nova-iorquina autentica. Ela disse que sim. Contou que apesar da mítica cosmopolita que há sobre a cidade, para ela aquelas são as ruas que ela percorre desde criança. E considera que o fato de Nova York correr nas suas veias deve influenciar sim no modo de cria. Bingo! Sempre fui intrigada por nascidos em NYC... Marc Jacobs, Martin Scorsese, Scarlet Johansson, Sofia Coppola e Woody Allen para citar alguns.
amenizando o momento tiéte - foto Aurea Calcavecchia/ customização: dearquiteturas
Fugindo do protocolo natural de palestrantes tradicionais, ela dispensou o power point e não exibiu trechos dos filmes e seriados para os quais trabalhou (“Sex and the City“, seriado e longas, “Ugly Betty“, “O Diabo Veste Prada” e os “Delírios de Consumo de Becky Bloom“). Sua fala não segue uma linha de raciocínio objetiva. Muitos pensamentos se misturam. Sentimentos também. Imagino que para quem para quem trabalha num processo altamente criativo e intuitivo como ela, deve ser mais fácil pescar uma ou outra coisa num mar de referências do que organizá-las. E acabou falando mais sobre Sex and The City mesmo.
Patrícia é magra. Tem os cabelos muito vermelhos. Fala devagar. Sua a voz é grave e rouca de quem certamente acumula alguns anos de cigarros fumados.
E por que Patrícia Field é uma figurinista tão celebrada?
Diferente de boa parte das figurinistas ela não desenvolve um figurino especialmente para aquela produção, ou seja não cria peças. Ela trabalha com peças prontas e o mérito está na maneira como as mistura. Até aí nada diferente das novelas brasileiras, né? Soma-se aí uma bossa na maneira de mesclar as peças para um enredo com uma nova abordagem da mulher na sociedade. Seus figurinos são algo acessível, altamente legível e desejável.
Esse olhar apuradísismo lhe rende o título de criadora/ rainha/ mãe do high-low, e a Carrie Bradshaw a principal porta-voz. A protagonista de Sex and The City não tinha problema nenhum em misturar Chanel com H&M. Ela desconversa:“Todo mundo pode ser só high, ou só low. O importante é ser feliz”. Olha aí um reflexo da diversidade da vida nova-iorquina, não?
E assim Sex and The City mostrou as mulheres que não era mais preciso seguir a ditadura da moda, e que as mulheres deve ter plenos poderes sobre o seu guarda-roupa. Mais legal do que copiar exatamente o que estava na passarela é bem mais divertido criar seu estilo pessoal. E a figurinista observa que o estilo pessoal hoje se estende para o mundo virtual.
Patricia conta que os figurinos de SATC começaram a fazer muito sucesso a partir da segunda temporada. E o segredo do sucesso da série como um todo foi resumir tantos perfis diferentes em quatro mulheres. Os acessórios são o grande trunfo do estilo criado por Sex and The City. Principalmente os sapatos Manolo Blahnik.
E por que Patrícia Field é uma figurinista tão celebrada?
Diferente de boa parte das figurinistas ela não desenvolve um figurino especialmente para aquela produção, ou seja não cria peças. Ela trabalha com peças prontas e o mérito está na maneira como as mistura. Até aí nada diferente das novelas brasileiras, né? Soma-se aí uma bossa na maneira de mesclar as peças para um enredo com uma nova abordagem da mulher na sociedade. Seus figurinos são algo acessível, altamente legível e desejável.
Esse olhar apuradísismo lhe rende o título de criadora/ rainha/ mãe do high-low, e a Carrie Bradshaw a principal porta-voz. A protagonista de Sex and The City não tinha problema nenhum em misturar Chanel com H&M. Ela desconversa:“Todo mundo pode ser só high, ou só low. O importante é ser feliz”. Olha aí um reflexo da diversidade da vida nova-iorquina, não?
E assim Sex and The City mostrou as mulheres que não era mais preciso seguir a ditadura da moda, e que as mulheres deve ter plenos poderes sobre o seu guarda-roupa. Mais legal do que copiar exatamente o que estava na passarela é bem mais divertido criar seu estilo pessoal. E a figurinista observa que o estilo pessoal hoje se estende para o mundo virtual.
Patricia conta que os figurinos de SATC começaram a fazer muito sucesso a partir da segunda temporada. E o segredo do sucesso da série como um todo foi resumir tantos perfis diferentes em quatro mulheres. Os acessórios são o grande trunfo do estilo criado por Sex and The City. Principalmente os sapatos Manolo Blahnik.
fotos dos figurinos da Carrie em "Sex and The City - The Movie" e dois looks da quinta temporada da série, quando a personagem adotou o cabelo curto.
Por aqui...
Patricia Field já fez comprinhas aqui no Brasil. Ela já veio algumas vezes ao país trazida por sua ex assistente, hoje estilista da D`Arouche, Carol Gannon. E diz que adora! E lembra de como comprar aqui é insano. Gosta da José Paulino. E julga que é nessa rua que é possível ver a verdadeira moda brasileira. Patricia diz os brasileiros são naturalmente sensuais. “Aqui as pessoas não perguntam como você está, vão logo te cumprimentando com um beijo”.
Ela diz que não costuma julgar uma pessoa a primeira vista. E avisa que antes de criar o figurino para um ator é importante conhecê-lo e reconhecer suas semelhanças com os personagens. “A primeira atitude a se tomar é descobrir informações sobre as pessoas. Como ela vive, do que gosta”, indica.
A editora de moda da Marie Claire, Sandra Bittencourt perguntou qual trabalho eu ela gostou mais de fazer “Ugly Betty” ou “Sex and The City”. Ela respondeu; “É impossível escolher entre um filho e outro”.
Fazendo figurinos para personagens de estilo totalmente diferentes, ela é avessa a maniqueísmos. Não tem essa de bom e mau gosto. E se alguém a contrata, o único gosto que ela pode oferecer é o seu. Como figurinista ela gosta de alcançar um nível acima. Por isso a mesmo como uma reles colunista a Carrie conseguia usar as grifes mais caras do planeta.
A excelência do trabalho de Patricia lhe rendeu muitas indicações e prêmios em Emmys, Guild Awards e a notória indicação ao Oscar por “O Diabo Veste Prada” em 2007 . Perdeu para Milena Canonero responsável por "Maria Antonieta". Ela fez um observação interessantíssima sobre como a “Academia” só premia figurinos de época. É verdade, né? Não é a toa que o Oscar é tão careta. Mas disse que não se importa em perder para Canonero, que fez um trabalho deslumbrante no filme de Sofia Coppola.
A moda entrou na vida de Patricia por acaso. “Ela não foi tocada pelos deuses da moda”. Para ela moda era fácil. Ela sabia fazer. Tinha vontade de ter seu próprio negócio. O fato de seu trabalho se tornar uma referência de estilo, também vem também da vivência dela no underground da cidade, e de trabalhar de maneira independente.
E pelo que notei ela mantém esse espírito livre, voyeur... de um autêntica nova-iorquina ;)
Patricia Field já fez comprinhas aqui no Brasil. Ela já veio algumas vezes ao país trazida por sua ex assistente, hoje estilista da D`Arouche, Carol Gannon. E diz que adora! E lembra de como comprar aqui é insano. Gosta da José Paulino. E julga que é nessa rua que é possível ver a verdadeira moda brasileira. Patricia diz os brasileiros são naturalmente sensuais. “Aqui as pessoas não perguntam como você está, vão logo te cumprimentando com um beijo”.
Ela diz que não costuma julgar uma pessoa a primeira vista. E avisa que antes de criar o figurino para um ator é importante conhecê-lo e reconhecer suas semelhanças com os personagens. “A primeira atitude a se tomar é descobrir informações sobre as pessoas. Como ela vive, do que gosta”, indica.
A editora de moda da Marie Claire, Sandra Bittencourt perguntou qual trabalho eu ela gostou mais de fazer “Ugly Betty” ou “Sex and The City”. Ela respondeu; “É impossível escolher entre um filho e outro”.
Fazendo figurinos para personagens de estilo totalmente diferentes, ela é avessa a maniqueísmos. Não tem essa de bom e mau gosto. E se alguém a contrata, o único gosto que ela pode oferecer é o seu. Como figurinista ela gosta de alcançar um nível acima. Por isso a mesmo como uma reles colunista a Carrie conseguia usar as grifes mais caras do planeta.
A excelência do trabalho de Patricia lhe rendeu muitas indicações e prêmios em Emmys, Guild Awards e a notória indicação ao Oscar por “O Diabo Veste Prada” em 2007 . Perdeu para Milena Canonero responsável por "Maria Antonieta". Ela fez um observação interessantíssima sobre como a “Academia” só premia figurinos de época. É verdade, né? Não é a toa que o Oscar é tão careta. Mas disse que não se importa em perder para Canonero, que fez um trabalho deslumbrante no filme de Sofia Coppola.
A moda entrou na vida de Patricia por acaso. “Ela não foi tocada pelos deuses da moda”. Para ela moda era fácil. Ela sabia fazer. Tinha vontade de ter seu próprio negócio. O fato de seu trabalho se tornar uma referência de estilo, também vem também da vivência dela no underground da cidade, e de trabalhar de maneira independente.
E pelo que notei ela mantém esse espírito livre, voyeur... de um autêntica nova-iorquina ;)
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Tenho três livros sobre o Sex and The City.
“Sex and The City: Kiss and Tell” - sobre as seis temporadas da série
“Sex and The City: The Movie” - sobre o primeio longa-metragem
“Sex and The City 2: The Stories. The Fashion. The Adventure” - sobre o segundo longa.
Para quem é fã do seriado e do trabalho de Patricia Field, e está afim de investir em algum deles. Recomendo o primeiro da lista que é bem mais abrangente.Os livros são importados. Vende no Amazon, mas já vi para vender na FNAC, Livraria Cultura e na Livraria da Travessa.
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Para quem quiser saber mais sobre a palestra tem textos no site da Marie Claire, e o texto da Aurea Calcavecchia no blog da Lilian Pacce. A Aurea patrocinou meu momento tiete com a figurinista na foto acima.
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Essa semana coloco a textinho sobre o Lipovetsky. Aguardem.
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