a contra querida


Falando em SESC Pompéia. Fica em cartaz até o dia 15 de junho o conjunto de eventos “Vida Louca, Vida Intensa - uma Viagem pela Contracultura” - trata-se de uma programação especial que reúne exposição, cinema, dança, teatro e música. O gancho é a comemoração dos 40 anos de 1968 - o ano bafo do século passado.

A exposição traz capas de discos, livros e revistas que influenciaram a geração. Há a exibição de seções de cinema com títulos raros e icônicos da geração. No espaço da mostra foi montando um café onde além do cardápio tradicional foi montado uma menu literário e você pode ler os livros enquanto ingere sua cafeína. Em uma das mesas há uma máquina de escrever para ambientar a verborragia dos personagens. No entanto, como as coisas mudam, o cigarro que era marca registrada dos intelectuais da época não tem vez no espaço do SESC.

Entre todas as atrações está a vídeo-instalação "Vestir Contemporâneo, A Grife da Contracultra" do multiartista Dudu Tsuda. Interativa, nela o visitante pode sentir na pele como era ser um militar, um hippie, um esportista da época. São projeções de roupa que tem como pano de fundo os acontecimentos da época, que certamente mexiam com o humor e determinavam a escolha da roupa.

Veja a programação completa com todas as atrações aqui

Todo mundo fala tanto de 1968, né?. O cinema francês é obcecado pelo tema (assim como o cinema latino-americano é pelo período de ditadura militar). Fiquei pensando uma maneira bem didática para resumir a importância de 1968, então imaginem:

tomar LSD, perder a virgindade antes do casamento, ouvir rock com rifes de guitarra que tocam no coração e letras que traduzem tudo o que você sente, achar a política do seu país uma m... e manifestar sua opinião nas ruas, usar mini-saia sem medo e ler livros esclarecedores.

Esse “tudo-ao-mesmo-tempo-agora” era a realidade simultânea de milhares de jovens espalhados principalmente na Europa e nas Américas. Tais mini revoluções não podiam ser relatadas pelos métodos de divulgação e publicação tradicionais. E assim, para retratar esse período , apareceu a “Contracultura“. Esse termo caracteriza um conjunto interligado que engloba música, literatura, cinema, artes plásticas e reúne o marginal, o underground. Aquilo que não conhecemos direito e por isso mesmo temos uma atração sem tamanho. Deu para entender?

Achei esses dois videozinhos - o primeiro é um resumão de 1968 em imagens (muitas delas estão na exposição do SESC) e o segundo foi feito em 1968 e não tem nada de contracultura. Traz uma professora dando dicas de etiqueta para suas alunas.


Resumo 1968


Dicas de etiqueta (1968)


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Aproveito o espírito sessentista para manifestar meu apoio ao SESC frente as mudanças que a instituição pode vir a sofrer. Quem quiser saber mais sobre o assunto e assinar a petição clica aqui!

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