O bolerinho que hoje invade as ruas já era anunciado há duas coleções atrás.
Inverno 2005 - Thais Gusmão, Cavalera, Raia de Goye e Zoomp
Verão 2006 - Sommer, Thais Gusmão, Amapô e Triton
Inverno 2006 - Alexandre Herchcovith, Cantão, Sta. Ephigênia, Wlison Ranieri e Redley
***
Quem vê os desfiles de moda e conhece pouco do assunto não entende aquelas mulheres com os rostos cobertos que o John Galiano inventa ou aquelas sobreposições estranhas feitas para as privilegiadas que medem 1,80 e pesam 50 quilos. Por mais bizarro que pareça existe uma razão de ser.
A passarela é uma lente de aumento na roupa do dia-a-dia. Se um designer inventa uma blusa repleta de babados ele está querendo dizer que sua linha comercial haverá peças com esse tipo de detalhe.
Assim se vários estilistas colocarem babados em seus shows, o adorno vira uma tendência. A mesma regra vale para tecidos, cores e formas.
Repetição - As tendências funcionam para organizar a cadeia da moda, que começa com a extração ou fabricação da matéria prima dos tecidos. Portanto, se hoje usamos algodão é porque há dois anos houve uma boa safra da planta e muitos estilistas compraram esse tecido. A equipe de criação do estilista recorre a empresas que detectam essa movimentação na industria têxtil, os chamados bureaux de estilo, e assim compram os tecidos para fazer a coleção. Existem grandes feiras têxtil que mostram as novidades. A mais famosa delas é a Première Vision que acontecerá em setembro na França.
A conjuntura econômica e política também é influência essencial na moda. No século XIX quando a burguesia se sobrepôs à nobreza e se tornou a classe dominante esposas e filhas eram como grandes vitrines, usavam roupas suntuosas para os ricos industriais mostrarem quanto dinheiro tinham. No século XXI a moda militar aparece em função dos tempos de guerra. Na mesma onda o branco entra na passarela para mostrar que a moda e a sociedade querem paz.
Portanto, determinadas características de uma roupa se tornam uma tendência porque todo mundo dispõe do mesmo material e das mesmas percepções logo desenvolvem trabalhos semelhantes.
Contudo, o que vemos hoje na passarela pode demorar um tempo para pegar. Os consumidores precisam se acostumar com a imagem da peça para introduzi-la no seu guarda-roupa.
O que as lojas populares vendem são as tendências devidamente digeridas para atingir o público de forma certeira.
***
Crédito das fotos: Chic
Inverno 2005 - Thais Gusmão, Cavalera, Raia de Goye e Zoomp
Verão 2006 - Sommer, Thais Gusmão, Amapô e Triton
Inverno 2006 - Alexandre Herchcovith, Cantão, Sta. Ephigênia, Wlison Ranieri e Redley
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Quem vê os desfiles de moda e conhece pouco do assunto não entende aquelas mulheres com os rostos cobertos que o John Galiano inventa ou aquelas sobreposições estranhas feitas para as privilegiadas que medem 1,80 e pesam 50 quilos. Por mais bizarro que pareça existe uma razão de ser.
A passarela é uma lente de aumento na roupa do dia-a-dia. Se um designer inventa uma blusa repleta de babados ele está querendo dizer que sua linha comercial haverá peças com esse tipo de detalhe.
Assim se vários estilistas colocarem babados em seus shows, o adorno vira uma tendência. A mesma regra vale para tecidos, cores e formas.
Repetição - As tendências funcionam para organizar a cadeia da moda, que começa com a extração ou fabricação da matéria prima dos tecidos. Portanto, se hoje usamos algodão é porque há dois anos houve uma boa safra da planta e muitos estilistas compraram esse tecido. A equipe de criação do estilista recorre a empresas que detectam essa movimentação na industria têxtil, os chamados bureaux de estilo, e assim compram os tecidos para fazer a coleção. Existem grandes feiras têxtil que mostram as novidades. A mais famosa delas é a Première Vision que acontecerá em setembro na França.
A conjuntura econômica e política também é influência essencial na moda. No século XIX quando a burguesia se sobrepôs à nobreza e se tornou a classe dominante esposas e filhas eram como grandes vitrines, usavam roupas suntuosas para os ricos industriais mostrarem quanto dinheiro tinham. No século XXI a moda militar aparece em função dos tempos de guerra. Na mesma onda o branco entra na passarela para mostrar que a moda e a sociedade querem paz.
Portanto, determinadas características de uma roupa se tornam uma tendência porque todo mundo dispõe do mesmo material e das mesmas percepções logo desenvolvem trabalhos semelhantes.
Contudo, o que vemos hoje na passarela pode demorar um tempo para pegar. Os consumidores precisam se acostumar com a imagem da peça para introduzi-la no seu guarda-roupa.
O que as lojas populares vendem são as tendências devidamente digeridas para atingir o público de forma certeira.
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Crédito das fotos: Chic
Boa observação!
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